quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E quando vc partir....


Retalha-me até que não haja mais um ''eu''
Eu ,que já nem tenho vontade própria.
Eu ,que já nem me amo tanto.
Eu....
Eu ,que já nem queria tanto assim da vida
Retalha-me ate não haver um só pedaço meu.
Eu, já não estarei mais lá, quando tudo acontecer,
Já nem estou mais aqui.
Estou com você ,sou seu
Eu...
Retalha-me o quanto quiser!!!
Meu pensamento e minha alma estará com você ,onde estiver.
Eu ,que sou seu.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Medo


Moedas ,números de telefone e todos meus medos,guardei no bolso direito; no esquerdo cigarros e uma caixa de fosforo.
Sai para o mundo,
Fingi ser normal,
Chorei de dia, ignorando os espelhos..

Em um banheiro sujo quis morrer sozinho
Sozinho levantei,e voltei para a fila do banheiro.


Escolhi meus amigos na prateleira


Paguei no caixa,
e tenho historias para contar.


Entre dois mundos ,procuro um só meu.
O que sou , e o que quero ser..


Certas coisas no bolso das calças ,me incomodam na hora de dormir.

terça-feira, 25 de novembro de 2008


parei de postar mais ganhei um selo!

domingo, 24 de agosto de 2008

Carneiros


(A iá pediu um texto novo,aqui esta)











Como um raio fez-se ,à consciência da vida
Vida,dor......gengiva e alma hemorrágica.
Noite de alcunha tribunal,
Exercendo seu próprio julgamento;
Lê teus pecados em voz alta.
Era impossível mentir para estrelas!
Ao fechar os olhos ,o cheiro de carne pútrida se tornava mais insuportável
Teria de manter-se acordado...gengiva e alma doentes.
Os olhos se acostumam com a penumbra,a vida não.
O quê prova nossa existência???
Todos os cantos do quarto...
Todos os cânticos do mundo...
Todos os dias de morte!
Como um raio fez-se ,à consciência da vida
Lhe faltam carneiros para contar.....
Ao menos a gengiva pode ser tratada.
Num raio fez-se dia;
O ardor nos olhos era prazeroso,
Já e´hora de dormir.

domingo, 27 de julho de 2008

Quinto Dos Inferno!


Severo semblante de Severina
Vem trazendo pó ,nas rachaduras do rosto
Facederme de plantar,Terra de TOMARtapa!
Incha , enxada , EmChanceNenhuma , engole o seco ,'' INFRENTA O CEDO''.
De cedo que ''vevi'' essa vida.
Se houvesse dentes e motivos,Severina seria sorriso.

Severa vida,Sol que ''alumia''.
Severo é coração que insiste em bater.

Mosaico,Quebra-cabeça,Solo rachado....Lágrima de sal.

Se houvesse dentes e o de '' CUMER'' ,Severina seria sorriso.
Indefinida idade; Pra quem viu a fome levar os irmãos,
O tempo corre diferente.
Um dia do Sertão.
Mil ''dia'' de inferno.
Facederme de plantar,Terra de correr lágrima.
Sertão e só lugar.
Maldito é só o Homem.

by PK

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Selo!!!





Recebi esse selo do divagando e aprendendo....
repasso para íria acosta ,plinio zunica e karla hack

domingo, 25 de maio de 2008

A Mulher de Chico

Pisa fundo,chuta porta; 'VACA! Tu me traiu com CHICO?!'
Frio na espinha,pisa fundo,mão ,cabelo,arrasta para a sala;
"MERDA! Ele sabe!",Pé,costela,mão,face,sangue e chão.
PARA!PARA!PARA!-Não para!-Xinga,chuta,soca,XingaChutaSoca...
_PURQUÊ?PURQUÊ?PURQUÊ?

Corpo encolhido,protege a cara,gosto de sangue,pisada nas costas.
_PAI PARA! Cegod'odio,sangue quente; Mão,face,rodopio no ar,testa ,quina da mesa,sangue,choro,chão...

Instinto materno,gaveta,faca de pão;''Seu Maldito!!!''
Ponta,pele,carne,orgão interno.
UMA,DUAS,TRÊS; Sorri ,esfaqueia,Risfaqueia ,risfaqueia ,risfaqueia...
DEZOITO,DEZENOVE;Mais duas pra confirmar.
Ponta,pele,carne,corpo,carpete e silêncio.

Com seu sangue nos dentes,e o dele em todo resto,
Esboça um sorriso ,olha para menina e diz :
_VEM FIA , Vam'bora pra casa do CHICO!

By Pk

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Os Últimos momentos de Ninguém




Havia o suficiente na caixa de racumim para fazer o serviço.

Ninguém (apelido desde sempre)apesar de vestido com poucos trapos,já não sentia frio nos últimos minutos
Apenas uma leve sensação mentolada que o vento de inverno paulistano deixava em sua face,
Talvez ,pela grande quantia de adrenalina correndo em seu corpo pelo que planejava fazer a seguir
Ou porque há muito, sua carcaça anoréxica já estava calejada pelos castigos do mundo e da natureza.
Apesar de invisível a todos ,resolve que o ato a ser praticado ,requer um local calmo e sem distrações ...

Num beco sem saída,entre uma caçamba de entulhos e uma parede úmida e pichada ,encosta o que nem mesmo NINGUÉM ousa chamar de corpo , entre o lixo e o chão.

Não há motivos para se despedir,então faz aquilo da maneira mais digna,
rápido e de uma só vez!
Seria mais poético e menos doloroso cortar os pulsos,porem agora já era tarde,apos 20minutos de lancinantes dores abdominais ,tudo para.

Não haverá mais febre ,dor e humilhação.
Ninguém encontra a paz no suicídio!

O mundo é um inquisidor gordo ,cego e de humor duvidoso
Nos somos o mundo


Bon apetit!!

sábado, 10 de maio de 2008

Legião


Sinto não estar sozinho em minhas vestes,
Milhões tem residido em mim,
Não me identifico em meio a tantas faces,
Tal grafia não é minha,
Temo os versos de meu pulso

Porquê só o cinza profana o papel?
Talvez, seja eu incapaz de versar o amor?

Ah,como me cabe a sabia covardia ,que não me permite perguntar...
O quanto meu há nesse corpo e nesses versos.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Boneca


Vestiu branco.
O forte cheiro de mofo do tecido denuncia seu pouco uso.
Entre rendas, bordados e hematomas;
Traças, nódoas e um grande buraco, que como por ironia,
deixava seu seio esquerda amostra, dando-lhe um ar quase imaculado.

Estava magnífica, porém decidiu mais uma vez manter o espelho coberto,
Ainda não era hora de se encarar...
Levou seu frágil corpo até a cozinha , passo após passo ,tentando se equilibrar – o álcool da noite anterior ainda se fazia presente-Não foi necessário acender a luz, há muito suas pálpebras já estavam treinadas a penumbra.

Sentou-se a mesa,frente um prato branco e vazio.
Sorri!!!Um falso sorriso que não foi capaz de enganá-la.
Sente o calor riscando sua face;como um bisturi sendo manuseado por um açougueiro,a lagrima percorre seu rosto ,passeia no ar e explode no prato,manchando o branco angelical com uma única lagrima negra.

Hoje dormiria sozinha ,decretou feriado entre suas pernas, e após muito tempo passaria uma noite sem sentir as covardes hienas rindo e gemendo em seu pescoço

Era puta ,Só puta.