terça-feira, 25 de novembro de 2008


parei de postar mais ganhei um selo!

domingo, 24 de agosto de 2008

Carneiros


(A iá pediu um texto novo,aqui esta)











Como um raio fez-se ,à consciência da vida
Vida,dor......gengiva e alma hemorrágica.
Noite de alcunha tribunal,
Exercendo seu próprio julgamento;
Lê teus pecados em voz alta.
Era impossível mentir para estrelas!
Ao fechar os olhos ,o cheiro de carne pútrida se tornava mais insuportável
Teria de manter-se acordado...gengiva e alma doentes.
Os olhos se acostumam com a penumbra,a vida não.
O quê prova nossa existência???
Todos os cantos do quarto...
Todos os cânticos do mundo...
Todos os dias de morte!
Como um raio fez-se ,à consciência da vida
Lhe faltam carneiros para contar.....
Ao menos a gengiva pode ser tratada.
Num raio fez-se dia;
O ardor nos olhos era prazeroso,
Já e´hora de dormir.

domingo, 27 de julho de 2008

Quinto Dos Inferno!


Severo semblante de Severina
Vem trazendo pó ,nas rachaduras do rosto
Facederme de plantar,Terra de TOMARtapa!
Incha , enxada , EmChanceNenhuma , engole o seco ,'' INFRENTA O CEDO''.
De cedo que ''vevi'' essa vida.
Se houvesse dentes e motivos,Severina seria sorriso.

Severa vida,Sol que ''alumia''.
Severo é coração que insiste em bater.

Mosaico,Quebra-cabeça,Solo rachado....Lágrima de sal.

Se houvesse dentes e o de '' CUMER'' ,Severina seria sorriso.
Indefinida idade; Pra quem viu a fome levar os irmãos,
O tempo corre diferente.
Um dia do Sertão.
Mil ''dia'' de inferno.
Facederme de plantar,Terra de correr lágrima.
Sertão e só lugar.
Maldito é só o Homem.

by PK

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Selo!!!





Recebi esse selo do divagando e aprendendo....
repasso para íria acosta ,plinio zunica e karla hack

domingo, 25 de maio de 2008

A Mulher de Chico

Pisa fundo,chuta porta; 'VACA! Tu me traiu com CHICO?!'
Frio na espinha,pisa fundo,mão ,cabelo,arrasta para a sala;
"MERDA! Ele sabe!",Pé,costela,mão,face,sangue e chão.
PARA!PARA!PARA!-Não para!-Xinga,chuta,soca,XingaChutaSoca...
_PURQUÊ?PURQUÊ?PURQUÊ?

Corpo encolhido,protege a cara,gosto de sangue,pisada nas costas.
_PAI PARA! Cegod'odio,sangue quente; Mão,face,rodopio no ar,testa ,quina da mesa,sangue,choro,chão...

Instinto materno,gaveta,faca de pão;''Seu Maldito!!!''
Ponta,pele,carne,orgão interno.
UMA,DUAS,TRÊS; Sorri ,esfaqueia,Risfaqueia ,risfaqueia ,risfaqueia...
DEZOITO,DEZENOVE;Mais duas pra confirmar.
Ponta,pele,carne,corpo,carpete e silêncio.

Com seu sangue nos dentes,e o dele em todo resto,
Esboça um sorriso ,olha para menina e diz :
_VEM FIA , Vam'bora pra casa do CHICO!

By Pk

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Os Últimos momentos de Ninguém




Havia o suficiente na caixa de racumim para fazer o serviço.

Ninguém (apelido desde sempre)apesar de vestido com poucos trapos,já não sentia frio nos últimos minutos
Apenas uma leve sensação mentolada que o vento de inverno paulistano deixava em sua face,
Talvez ,pela grande quantia de adrenalina correndo em seu corpo pelo que planejava fazer a seguir
Ou porque há muito, sua carcaça anoréxica já estava calejada pelos castigos do mundo e da natureza.
Apesar de invisível a todos ,resolve que o ato a ser praticado ,requer um local calmo e sem distrações ...

Num beco sem saída,entre uma caçamba de entulhos e uma parede úmida e pichada ,encosta o que nem mesmo NINGUÉM ousa chamar de corpo , entre o lixo e o chão.

Não há motivos para se despedir,então faz aquilo da maneira mais digna,
rápido e de uma só vez!
Seria mais poético e menos doloroso cortar os pulsos,porem agora já era tarde,apos 20minutos de lancinantes dores abdominais ,tudo para.

Não haverá mais febre ,dor e humilhação.
Ninguém encontra a paz no suicídio!

O mundo é um inquisidor gordo ,cego e de humor duvidoso
Nos somos o mundo


Bon apetit!!

sábado, 10 de maio de 2008

Legião


Sinto não estar sozinho em minhas vestes,
Milhões tem residido em mim,
Não me identifico em meio a tantas faces,
Tal grafia não é minha,
Temo os versos de meu pulso

Porquê só o cinza profana o papel?
Talvez, seja eu incapaz de versar o amor?

Ah,como me cabe a sabia covardia ,que não me permite perguntar...
O quanto meu há nesse corpo e nesses versos.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Boneca


Vestiu branco.
O forte cheiro de mofo do tecido denuncia seu pouco uso.
Entre rendas, bordados e hematomas;
Traças, nódoas e um grande buraco, que como por ironia,
deixava seu seio esquerda amostra, dando-lhe um ar quase imaculado.

Estava magnífica, porém decidiu mais uma vez manter o espelho coberto,
Ainda não era hora de se encarar...
Levou seu frágil corpo até a cozinha , passo após passo ,tentando se equilibrar – o álcool da noite anterior ainda se fazia presente-Não foi necessário acender a luz, há muito suas pálpebras já estavam treinadas a penumbra.

Sentou-se a mesa,frente um prato branco e vazio.
Sorri!!!Um falso sorriso que não foi capaz de enganá-la.
Sente o calor riscando sua face;como um bisturi sendo manuseado por um açougueiro,a lagrima percorre seu rosto ,passeia no ar e explode no prato,manchando o branco angelical com uma única lagrima negra.

Hoje dormiria sozinha ,decretou feriado entre suas pernas, e após muito tempo passaria uma noite sem sentir as covardes hienas rindo e gemendo em seu pescoço

Era puta ,Só puta.

domingo, 4 de maio de 2008

REVÓLVER


A fumaça já havia tomado conta da sala monocromática,
Tons de vermelho de tempo em tempo iluminavam a janela,
Entre moveis velhos e um porta retrato empoeirado,
As baratas pareciam ser os únicos seres vivos presentes ali...

Na mesa,um cinzeiro que há muito transbordava angustias,
Um copo de conhaque barato quase no fim,
E um revólver calibre 38 herdado de seu avô militar .

Como que camuflado até então,um vulto levanta violentamente da cadeira que cambaleante ,dança no ar,reluta,mais vai ao chão,
Enchendo o ambiente de um grito surdo.
A poeira sobe e se misturando a fumaça cria o clima perfeito
Para o momento.

Como quem procura uma resposta,
Ele olha freneticamente de um lado para o outro,
E a única coisa que suas vistas iluminam,
Vem para sua mão direita.

Com a mesma cautela usada para despir uma virgem
Ele carrega a arma com uma única bala,o suficiente.
Por um momento,as belas linhas simétricas e o excitante tom de preto morte daquele objeto,param o tempo.

Qual será o gosto da pólvora???

By Pk

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Sarna


Estou atrasado,
Fumo um cigarro em dois tragos
Faço sexo com alguém que não sei o nome
E como quem ejacula no ralo,visto as calças
E saio

Estou atrasado,
Apenas o som de meus passos confirmam minha existencia
Acompanhado por cães sarnentos,
Seguindo por vielas desprovidas de nome
Me vou

Tentando fazer cara de gente
Pergunto as horas para alguém
Não entendi o que ele disse
Não falei obrigado

Malditos cães ,
Malditas mentiras do relogio
Acendo outro cigarro
Droga! Me lembro que prometi parar

Pensando bem,
De todas as promessas que não cumpri
Essa tem sido a mais saudável,
Ano que vem eu paro!

Cheguei ,
Andei em circulos como cães que mordem o proprio rabo
Não entendo o motivo de estar aqui
Visto as calças
E saio

By Pk

sexta-feira, 18 de abril de 2008

POBRE PRETENSIOSO POEMA

peixe ,pássaro ,planta ,pensamento
pessoa ou primata?
pulos,passos,penas
pés e patas

personagem,perdedor,pária,pierrô
pele pigmentada,
parasita,padre,puritano,puta perturbada

porções peculiares de prazeres proibidos
papoula,pó,promiscuidade,poligamia e perigo

portador da praga pulsante no peito
preciso de paz ,prossigo pela pista
procuro um parapeito

proferindo palavras pagãs
perante pantanosa parábola
presencio o pesadelo passar pela porta
pressinto a pausa precedendo a punhalada
peço permissão para pular

pavorosamente preso ao passado
paralitico perante o presente
perdedor no proximo passo ???
provavelmente....

pintei pessoas para parecerem palhaças
procurei publico para o palco
praque???
para prometer ,perjurar e promover o pandemônio????
polimorfei-me em penumbra pavor e podridão
porém paro e pergunto-me
posso pedir perdão??

prazer ,pecado ,paixão
pecado ,paixão
prazer ....Pk